Capa do romance "Equador" |
1.- ARGUMENTO:
Luís
Bernardo Valença pertence à alta burguesia lisboeta. Seu pai
deixa-lhe em herança a posição de sócio principal de uma
companhia de navios que fazem diferentes rotas comerciais. Estamos a
falar da Companhia Insular de Navegação, encarregada de transportar
cargas e passageiros entre a ilha da Madeira, as Canárias, o
arquipélago dos Açores e o Cabo Verde. A vida do homem é regalada,
despreocupada, entregue ele às reuniões e tertúlias com pessoas da
boa sociedade lisboeta. Goza da amizade, por exemplo, de Bernardo
de Pindela, conde de Arnoso, o qual faz parte do grupo de “Os
Sobreviventes”, justamente em oposição ao de “Os Vencidos
da Vida”, de que participava no seu momento Eça de Queiroz.
Essa vida nocturna lisboeta de que o Basílio tanto
se queixava (falamos do do seu romance O primo Basílio)
por falta de locais onde poder desfrutar, e que nestes se tornava
todo o contrário, dispostos a extrair daquela vida capitalina do
início de novecentos quanto partido ela lhes der. Destarte, celebram
reuniões todas as quintas-feiras no Hotel Central, onde jantam e
falam sobre assuntos diversos. São homens entre os 30 e os 50 anos.
<<Um
ritual de homens: sérios sem serem maçudos, despreocupados sem
serem levianos.>>
O seu
grande amigo, no entanto, é o João Forjaz. Tem trinta e sete
anos, é um distinto cavalheiro que, à parte de bom amigo de Luís
Bernardo, é frequentador assíduo da Corte.
No
tempo que estão a pasar umas férias em Ericeira, o Luís Bernardo
conhece a Matilde. O Luís Bernando, já o fomos sabendo com
antecedência, é homem muito dado às conquistas amorosas, sedutor
insaciável. Fica surpreendido pela beleza de Matilde e, apesar de
ser mulher casada, ele guarda pretensões de ter com ela. Em Ericeira
há flirts só, mas depois em Lisboa o Luís Bernardo procura a
maneira de se ver com ela, por meio do seu amigo, João. Finalmente
acederá, ainda que sem aprová-lo de muito boa gana o seu amigo.
Chegam a manter relações sexuais no Hotel Bragança, favorecido o
encontro pela confidência de uma amiga que acode com ela.
Imediatamente
a ter acontecido isto, Luís Bernardo vai ser requisitado pelo rei D.
Carlos para ir ter com ele ao seu Palácio de Vila Viçosa. O conde
de Arnoso é o emisário que faz o pedimento:
<<Bernardo
de Pindela, o conde de Arnoso, um dos integrantes do célebre grupo
dos “Vencidos da Vida”, que tanto agitara a vida inteletual do
país uns anos antes, e que lhe dera a inesperada honra de o visitar
no seu escritório da Insular, limitara-se a transmitir-lhe o
convite, e apenas acrescentara:
—Desculpar-me-á,
meu caro, mas, como compreende, eu não posso revelar o que Sua
Majestade pretende dizer-lhe. Sei que o assunto é de importância e
El-Rei pede que o encontro seja mantido em segredo.>>
O rei
quer ser um monarca moderno, mas cada vez conta menos para o governo
da nação, de aí o seu interesse em tentar encomendar uma missão
que ele entende há de reportar um bem para o país. Dita missão
ser-lhe-á pedida ao Luís Bernardo Valença, a qual tem a ver com a
demonstração de que em São Tomé e Príncipe não existe
escravatura. Os ingleses estão interessados em colocar um cônsul na
colónia portuguesa a fim de demonstrar todo o contrário. Luís
Bernardo é homem que acredita num colonialismo civilizado e assim se
tem manifestado em diferentes artigos que costuma escrever para os
jornais:
<<Luís
Bernardo era culto, falava e lia inglês e francês, escrevia artigos
de opinião e interessava-se pela questão colonial com uma atitude
crítica, civilizacional, e estava atento à Conferência de Berlim.
Andara com muitas mulheres e não chegara a tirar curso de Direito em
Coimbra, para desgosto do falecido pai.>>
Mapa de São Tomé e Príncipe |
A
ideia que têm os ingleses é tencionarem desestabilizar a produção
portuguesa do cacau no arquipélago para deste jeito eles serem os
beneficiados. De uma maneira concreta será a companhia Cadbury a
mais interessada em se fazer com o controlo do fruto.
Depois
da reunião com o rei D. Carlos, Luís Bernardo aceita a
possibilidade de ir para o São Tomé e Príncipe com o cargo de
governador. A este respeito, um dos frequentadores das tertúlias no
Hotel Central, o Doutor Veríssimo, propõe-lhe comprar o seu
negócio:
<<—Sim:
os navios, os escritórios, as delegações, os empregados, os
stocks, a carteira de clientes e de agentes. O seu negócio
inteiro.>>
Os
seus três amigos mais íntimos, o João Forjaz, o Filipe Martins
e o Mateus Resende, acompanham-no a Bussaco, ao Hotel Palace,
para se despedirem dele, pois vai-se por três anos. Contudo, não
vai ser a festa que eles pretenderam, dado que nem se moveram do
hotel. Chegado o dia da partida, despede-se do seu amigo João, com a
promessa dele de i-lo visitar tão logo lhe for possível. Da mesma
maneira, despede-se de Matilde, sobre a qual há de saber mais tarde,
quando já esteja no São Tomé, que está grávida, e que vive
normalmente a sua vida de casada em Vila Franca de Xira com o seu
marido.
As
tensões na colónia africana não se fazem esperar, tão logo tome
posse do seu cargo. Os novos ares que traz consigo o Luís Bernardo
não são do agrado de muitos dos fazendeiros que vem perigar as suas
roças. O primeiro choque frontal vai-o ter com o chefe natural dos
roceiros, o coronel Mário Maltez, ora Germano Valente,
o curador geral, era quem tinha a função de intermediar com
os escravos, com os patrões, etc. e com quem mais se vai dar de aí
em diante.
A
família Souza e Almeida, chefiada polo Senhor Jacinto,
visconde de Malanza, era de pretos provenientes do Brasil. Foram os
primeiros aristocratas do São Tomé e Príncipe e implantadores do
cacau, mas também do algodão, do café e do tabaco.
A
ação translada-se também à Índia. Conhecemos o casal formado por
Ann e David Lloyd Jameson. Ele tem o cargo de
governador de uma das regiões mais extensas da Índia britânica.
Vivem uma vida regalada, intensa, de um amor muito vigoroso e com uma
atividade sexual muito desinibida e gozosa. David, no entanto, cai em
desgraça após perder muito dinheiro no jogo das cartas. Chega a
penhorar até candelabros do palácio em que mora, razão que virá a
acelerar a sua queda em desgraça, depois de que o judeu penhorista o
ameace com contá-lo tudo, caso de a ele o acusarem de ocultar um
suposto ladrão. Faz-se preciso acrescentar o facto de que o casal
não pode ter filhos por causa de o David ter contraído uma doença
venérea que o tem deixado estéril. O que acontecerá
definitivamente é que lhe propõem, como solução para salvar a sua
honorabilidade, que se vá de cônsul para o São Tomé e Príncipe
com o fim de investigar e tentar desestabilizar a colónia para deste
jeito beneficiar as companhias britânicas do cacau, nomeadamente à
Cadbury.
A Índia |
A
chegada do casal inglês ao arquipélago traz mais receios por parte
dos seus habitantes. Amistam rapidamente, no entanto, com o
governador, Luís Bernardo. Ann, ao pouco tempo, e se calhar por
despeito ao seu marido, corre uma aventura com o Luís Bernardo. De
uma maneira muito tórrida terão o seu primeiro desafogo sexual numa
praia, supostamente deserta. Terão depois outro no salão da casa
dela, estando acima, tomando banho, seu marido. Trata-se, sem dúvida,
de uma relação um bocado estranha e quase extrema, diríamos.
Na
ilha do Príncipe surge uma revolta, à que o governador acode com a
finalidade de tentá-la atalhar. Numa das roças mais importantes, a
sublevação tem produzido três mortos. Ao mesmo tempo, é feito
preso o líder da revolta, com o qual irá falar o governador para
pôr calma. Já anteriormente, e não muito tempo depois de ter
chegado a São Tomé, o Luís Bernardo assistira a um juízo em que a
dois trabalhadores de umas roças os culpavam de desobediência.
Consciente de que os dois homens careciam de advogado que os
defendesse, ele presta-se, ora em condição de jurista, não de
governador, para fazer a sua defesa. O juiz, finalmente, terá que
dar por inocentes os dois trabalhadores, coisa que incomodará de
maneira muito acusada o dono da roça e à gente branca da ilha.
Doravante,
o Luís Bernardo faz-se incómodo à população branca da ilha.
Porém, vai conseguindo aos poucos que os trabalhadores das roças,
angolanos na maior parte, sejam capazes de poderem solicitar ir de
volta para a sua terra, uma vez o contrato assinado tivesse vencido.
Mas tudo é simples papel, pois que a concessão é só formal, além
do medo se instalar neles de modo que quase ninguém faz petição de
querer regressar a Angola. Os fazendeiros têm instaurado, em
definitivo, um regime autoritário nas suas roças. Os escravos,
apesar de não o serem sobre o papel, estão submetidos a um regime
de escravidão. Erguem-se com a luz do dia e deitam-se quando esta se
vai, de maneira que o seu trabalho se desenvolve de sol a sol. Moram
em pobres casebres nas próprias roças e carecem de direitos reais.
A caminho da roça |
O
príncipe de Portugal, Luís Filipe, quer ir de visita ao São
Tomé e Príncipe. Quer ir ter com o governador para conhecer em
primeira pessoa o que lá, com o assunto das roças e a escravatura,
está a acontecer. As pressões dos britânicos são de notar. A
revolta acontecida na ilha do Príncipe, além do mais, tem provocado
o envio de um navio de guerra e o governador ficou zangado por este
facto. A má imagem que se pode dar a respeito do exterior, a ponto
de chegar o filho do monarca, ao tempo que aos competidores
britânicos, enfurecem a Luís Bernardo. Doutra parte, a tensão
deste com David é também muito notável. Nem se falam quase
ultimamente, dado o confronto de pareceres entre os dois países. E
ainda devemos acrescentar a isto o conhecimento que o David tem a
respeito da traição que o seu amigo, Luís Bernardo, lhe faz com
Ann, sua mulher. Ele, portanto, sabe-o tudo.
Presumivelmente,
Luís Bernardo e Ann amam-se. Ele até planea uma estratégia de fuga
com a Ann, mas tem de ser antes do príncipe, Luís Filipe, chegar de
visita ao arquipélago. Já estava decidido o dia em que haviam de
fugir, seria no último barco antes que o filho do monarca arribasse
a São Tomé. Havia algum tempo que Luís Bernardo nem via mesmo a
sua Ann. Ele decide ir-lhe dar uma surpresa a sua casa. David não
estava, pois fora de visita a uma roça. Sobe pelo tronco de uma
árvore encostada à casa e que alcança a altura do quarto de Ann.
Desde um galho é capaz de chegar até a varanda, ou janela de sacada
talvez, que está um bocado aberta. Mas ali descobre o imprevisto.
Ann não estava só. Ela
está com um homem, está a fazer o amor com ele. Trata-se do homem
preto que ele, o Luís Bernardo, salvou da ilha do Príncipe de ser
morto pelo seu patrão e
que foi acolhido em casa dos Lloyd Jameson.
Desfeito,
Luís Bernardo vagueia sem rumo aparente até chegar de volta ao seu
palácio, ao do governador. O mundo afunde aos seus pés. Encerra-se
no seu quarto, mas antes passa ao lado dos seus criados, do seu
mordomo Sebastião e da
bonita Doroteia. Depois, apanha o seu revólver e acaba finalmente
com a própria vida, uma vez compreende que esta já não
tem sentido nenhum.
Cacau |
2.-
TEMAS, OPINIÕES...
O
Luís
Bernardo
é pessoa pertencente à alta sociedade lisboeta, muito bem
relacionado. Ideologicamente, talvez, poder-se-ia dizer dele que se
trata de um homem liberal. É muito mulherengo também, assim se nos
faz saber ao longo da narração. Matilde
é a última das conquistas de que sabemos antes de abalar de Lisboa
rumo ao São Tomé e Príncipe com a encomenda da governação do
arquipélago africano.
Escreve
em jornais sobre a questão colonial e opina que o papel da metrópole
tem de ser de justiça e civilizado, de aí que se veja na obrigação
de ter que ser rejeitada a possibilidade de estar a ser exercida
qualquer sorte de escravatura nas províncias de além-mar. Eis o que
ele vai lá perseguir. A sua posição é muito de salão, quer
dizer, o seu ponto de vista, a luta ética que ele trava a respeito
dos fazendeiros é cómoda, aburguesada. Ele põe vontade, decerto,
para situação mudar, mas os donos das roças abandonaram no seu dia
Portugal e apontaram-se ao desterro, à dureza, a uma vida cheia de
penalidades. O choque, portanto, é lógico que se venha a produzir
quando ele pretende mudar o que o costume tinha feito lei com o passo
do tempo.
A
primeira mulher com a que mantém relações amorosas em São Tomé
vai ser com a fazendeira Maria
Augusta.
Tinha-a conhecido já o dia do primeiro baile, o de apresentação
que o governador tinha feito nos salões do palácio governamental,
ali onde ele mora, com motivo da sua estreia no cargo. É uma mulher
madura e viúva e da que se vê que ele gosta. Compreendemos que algo
houve entre eles dois, ainda que não se nos narre, depois de uma
visita que Luís Bernardo lhe faz à sua fazenda e quando já as
coisas com a Ann estão ao limite por causa do enrarecimento da
relação dele com David, já que ela diz que se deve ao seu marido
no assunto consular. Os rumores que correm pela ilha sobre a sua
relação com a inglesa são-lhe desvendados pela própria Maria
Augusta.
Há,
numa certa altura do relato, uma reflexão sobre o povoamento das
colónias africanas por parte dos portugueses, que pode ser muito
interessante, e que coloca a questão
da vaidade no centro—pois que é um dos motivos fulcrais—, mas
desta vez a respeito do afã
de superioridade do homem português, carregado também de não
pouco paternalismo:
<<Só
Angola começava agora a ser timidamente povoada, mas os que para lá
iam, fugidos da miséria dos campos do Minho ou de Trás-os-Montes,
pareciam não ter outro sonho nem outro objetivo, que não o de
cumprirem a antiquíssima vocação dos portugueses, que era a de
vender mercearias a todos os povos do mundo para onde, a mando da
religião ou da espada, os navios de ocasião os traziam.>>
Luís Bernardo, David e Ann na série |
O
triângulo amoroso que se dirime no São Tomé entre Luís Bernardo,
Ann e David, e a amizade existente entre eles, resolve-se de maneira
trágica, pois esta tem de ser a solução final. Se calhar, o mais
importante seja a evolução que no nosso protagonista, Luís
Bernardo, se vai operando ao longo da narração. A tentativa de
querer mudar o rumo das coisas, o choque brutal que supõe a respeito
da sociedade colonial, e nomeadamente dos fazendeiros, vem dar de
face com a sua pretensão de acabar com as injustiças. Não
obstante, a própria administração é corrupta mesmo, pelo que nem
se importa em tentar lavar a sua imagem a custo da boa vontade e
empenho que o governador põe, consciente de que nenhuma coisa há de
mudar decerto. Em definitivo pois, a força da paixão amorosa, além
da nula consecução dos seus propósitos, todo o qual já viera
precedido da venda do seu negócio em Lisboa, vem precipitar a
tragédia. Luís Bernardo é claro que perdeu tudo. A sua vida deixou
de ter sentido, logo o suicídio semelha que tem de ser o final
aguardado.
Uma
certa dose de vaidade envolve a personagem do Luís Bernardo, a
presunção
do homem liberal que chega ao arquipélago do São
Tomé e Príncipe com a finalidade de tentar dar-lhe a volta à
situação
ali vivida. A escravidão
dá-se, existe como tal, mas ele vê-se menosprezado pelos
fazendeiros, cientes de que contra eles nada poderá fazer, pois
haverão
de continuar na mesma. A este fracasso soma-se um outro fracasso, e
será o do seu apaixonamento por Ann, que se verá frustrado.
O grande Eça de Queiroz está a pairar desde o início
da narração. A escrita clássica, lineal e clara é uma boa amostra.
O enredo amoroso com damas casadas que se entregam nos braços do seu
amante, ainda que com todas as reservas que podemos observar para o
caso de Ann, fazem com que o realismo oitocentista esteja bem
presente.
Café A Brasileira em Lisboa |
Miguel
Sousa Tavares esmerou-se na construção das três personagens
principais. Luís Bernardo mostra-se-nos inteligente, culto, de visão
estratégica, sedutor e solitário, um outsider na sociedade
lisboeta de então, onde se destaca pela diferença, colocando-se um
século adiante dos seus pares. Está, apesar de tudo, mais próximo
de David, o cônsul inglês, pelas ideias, pela sua cultura e pela
forma de estar.
David
é um autêntico camaleão, um cidadão do mundo, com a capacidade de
se adaptar a qualquer lugar ou circunstância, inteligentíssimo,
empreendedor, fleumático e totalmente devotado à sua mulher, Ann.
Por
sua vez, Ann é uma personagem esfíngica, extremamente bela, culta e
viajada, diferente de todas as outras mulheres que povoam o
quotidiano de Luís Bernardo.
Qualquer
das três personagens estão,
portanto, bastante elaboradas, são
o suficientemente redondas, nomeadamente no caso de Luís Bernardo
Valença, o nosso protagonista. Há uma sorte de ascensão aos Céus
a partir do momento em que a vida se vai tornando ótima, sobretudo
quando se apaixona de Ann e fazem propósito de fugirem juntos. A
queda aos Infernos produzir-se-á quando a descoberta de que ela o
atraiçoa. O suicídio final obedece a que o seu fracasso virá a
materializar-se como resultado desta traição, mas também porque
não obtém o resultado querido a respeito da escravidão e, aliás,
porque o seu próprio negócio em Lisboa foi já vendido. Sente-se
vazio, sem objetivos na vida, daí a tomada de posição definitiva,
e o porquê de que acabe por tirar a vida a si próprio, uma vez
compreendeu que perdeu todo o sentido.
A
narração, finalmente, é muito cinematográfica, com mecanismos
apropriados para ser levada (tal como aconteceu) aos ecrãs. Os seus
ingredientes, muito tópicos, favorecem esta aposta. As paixões
amorosas, mesmo sexualmente tórridas, verificam o sucesso desta
escolha fílmica, que se vê favorecida, se calhar, com o grau de
exotismo destas ilhas africanas perdidas no meio do Atlântico, além
da Índia, lugar em que se desenvolve a primeira atividade do casal
formado por Ann e David. Aliás, há bastante ação, muita desta
ligada à questão política que se debate, e relacionadas com o
colonialismo e a razão da escravatura, se é que tal existe ou não
no São Tomé e Príncipe. O enquadramento histórico, colocado nos
inícios do séc.XX, põe ao descoberto a crise da monarquia, prévio
passo à crise política que afinal acabará com a proclamação da
República em Portugal.
Cartaz da série para a televisão |
Em
resumo, um romance com muitas doses folhetinescas e os suficientes
ingredientes para se tornar do agrado de um elevado número de
leitores.
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